Sedese e FJP assinam acordo para estruturar Observatório Interseccional de Gênero de Minas Gerais
Ferramenta vai disponibilizar dados, publicações e materiais sobre promoção da igualdade de gênero no estado
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), por meio da Subsecretaria de Política dos Direitos da Mulheres, assinou, nesta quarta-feira (6/12), Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Fundação João Pinheiro (FJP) para dar início à estruturação do Observatório Interseccional de Gênero de Minas Gerais (Observa Minas).
Esta ferramenta vai possibilitar o acesso integral a informações e dados, com recorte de gênero e outras interseccionalidades (como raça, etnia, idade, região, sexualidade, classe, entre outras), além de contribuir para o desenvolvimento de políticas de promoção, defesa e garantia dos direitos das mulheres em Minas Gerais.
Atuação em rede
A secretária Elizabeth Jucá ressaltou que esta iniciativa é um dos resultados do Grupo de Trabalho Política para Mulheres, no Consórcio de Integração dos Estados do Sul e Sudeste (Cosud). “Durante o Cosud, uma das metas era a criação de observatórios nos estados que ainda não possuem, pois compreendemos a importância da produção e divulgação de dados para construção de políticas públicas para mulheres”, pontuou. “Além de informações de Minas Gerais, futuramente será feita a formalização de um Acordo de Cooperação entre estados do Sudeste para divulgação das informações e dados regionais”, reforçou Elizabeth.
O Observa Minas será também um espaço de reflexão e análise crítica da dinâmica da desigualdade de gênero e seu enfrentamento em Minas Gerais, com articulação da rede de pesquisadores e formuladores de políticas públicas para desenvolver estudos e análises sobre a temática.
Por meio da produção de material científico, o Observatório vai promover a ampla divulgação junto aos gestores públicos e profissionais que atuam na área, dos resultados de informações, dados e pesquisas e de outros estudos realizados na FJP.
“Nossa missão institucional é apoiar o governo nas políticas públicas. É a gente produzir pesquisas, conhecimentos, dados e informações para que vocês (estado) consigam tomar melhores decisões em temas complexos como esse. Qual vai ser a alavanca que você tem que acionar, onde você faz a intervenção e o que aquilo pode produzir? Você tem que analisar, entender esse poder. E tem que estar junto a teoria da prática”, afirmou Mônica Esteves Bernardi Moreira, vice-presidente da FJP.
A partir da assinatura do ACT, as equipes técnicas da Sedese e da FJP vão iniciar os trabalhos de organização e planejamento das atividades do Observatório, com previsão de publicar o primeiro material de divulgação científica voltado para gestores públicos em meados de 2024.
“Nossa expectativa é que o Observa Minas possibilite o acesso integralizado a informações e dados, com recorte de gênero e outras interseccionalidades de forma a contribuir para maior assertividade das políticas no campo da promoção, defesa e garantia dos direitos das mulheres em Minas Gerais. Isso significa dizer que haverá planejamento e execução das políticas baseados em evidências, considerando a diversidade presente no nosso estado. A parceria com a Fundação João Pinheiro é fundamental neste processo”, completou Soraya Romina, subsecretária da Política dos Direitos das Mulheres da Sedese.