Sedese mantém pagamento integral do Piso Mineiro de Assistência Social aos municípios
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) mantém o pagamento integral do Piso Mineiro de Assistência Social Fixo, cujos recursos buscam melhorar a qualidade dos serviços prestados, principalmente à população em situação e vulnerabilidade social. O Plano de Contingência Covid-19 da Sedese, que adotou uma série de medidas de restrição para evitar a disseminação do coronavírus no Estado, considera a quitação do Piso como serviço essencial, que não pode ser interrompido.
A subsecretária de Assistência Social da Sedese, Janaina Reis do Nascimento, tranquiliza os municípios e enfatiza que o repasse desses recursos garante fluxo de caixa para que o gestor municipal possa estruturar ações mais assertivas e continuadas para toda a população em situação de vulnerabilidade neste cenário de Covid-19. “Cabe reafirmar que esse recurso é de suma importância aos municípios no desenvolvimento de ações de prevenção e no controle de contágio do vírus, pois a sua utilização permite a aquisição de itens de higiene e EPIs para proteção de equipes e usuários, além da concessão de cestas básicas, por exemplo”, ressaltou.
Após a antecipação de R$ 5,035 milhões de recursos do Piso Mineiro, referentes aos meses de janeiro a março deste ano, para 196 municípios que foram castigados pelas chuvas no início de 2020, a Sedese voltou a pagar integralmente o piso em fevereiro, o que só foi possível com a promulgação da Lei 23.521/19 pelo governador Romeu Zema. A legislação permitiu que o Governo de Minas utilizasse os recursos do Fundo de Erradicação da Miséria (FEM), também criado pela referida lei, para regularizar o repasse integral.
Outros 657 municípios também já receberam as parcelas de janeiro e fevereiro do Piso Mineiro deste ano, no montante de R$ 5,646 milhões, perfazendo um total de R$ 10.674.048,00 de recursos já disponibilizados às cidades mineiras até agora. Os valores referentes ao mês de março devem ser quitados ainda em meados de abril.
Neste ano, devem ser transferidos cerca de R$ 54 milhões de recursos do Piso Mineiro aos Fundos de Assistência Social dos municípios. Esses recursos são de fundamental importância para que os gestores municipais mantenham a oferta de serviços socioassistenciais de qualidade à população em situação de vulnerabilidade social.
Quando assumiu a Sedese em janeiro de 2019, a secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, colocou em dia, mesmo que de forma parcial, o pagamento do Piso Mineiro, que se encontrava atrasado havia 23 meses. Naquele próprio mês, a Sedese garantiu o repasse de R$ 21 milhões aos municípios mineiros.
Piso Mineiro
O Piso Mineiro de Assistência Social foi criado em 2010 como estratégia do Governo de Minas para apoiar financeiramente os municípios no aprimoramento das ações de assistência social, cumprindo uma das principais competências estabelecidas no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (Suas) para a esfera estadual, que é a de apoiar técnica e financeiramente os municípios na estruturação e implantação de ações de assistência social.
O valor do Piso Mineiro é calculado de acordo com o número de famílias incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), multiplicado por R$ 2,20 de acordo com a base de dados do CadÚnico de agosto de 2010. No entanto, nenhum município recebe valor inferior a R$ 2 mil por mês.